English speakers this way...

Alexandre Hannud Abdo

Olá, seja bem vindo a um lugar de muita paz, num universo inquieto.

Abaixo segue uma breve história tratando das circunstâncias que me levaram ao Curso de Ciências Moleculares e minha passagem por ele; seu objetivo é auxiliar quem esteja considerando ingressar no curso.

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Cuidado, Não Isotrópico!

Me, Mim, Comigo

Nasci em São Paulo no outono de 1981, sob o signo de Áries e debaixo de uma grossa camada de dióxido de carbono, numa maternidade a poucos metros da Avenida Paulista. Apesar de não guardar memória dessa época, de alguma forma isso me marcou e hoje não tenho vontade de dirigir e produzir mais daquilo que os automóveis ainda depositam diariamente sobre o mesmo berço que me abrigou. Mas aos quatro anos, quando estava mais interessado em He-Man e Comandos em Ação do que em questões ambientais, ingressei no Jardim do Colégio Dante Alighieri.

Quando, no primeiro dia de aula, convenci um outro moleque de que escola não era tão ruim e que ele podia largar a barra da saia da mãe dele e parar de chorar, mal sabia eu que o dito cujo ia acabar se tornando meu melhor amigo, muito menos que no ano seguinte a nós se juntaria um terceiro, e que seguiríamos naquele colégio, agora em trio, por mais doze anos (nem que, pelo diabo das coincidências, cada um optaria por uma área diferente no terceiro colegial).

Durante aqueles anos todos tive o prazer de estar com pessoas maravilhosas (bem, todos sabemos como amamos nossos amigos de colégio, não é?), e o privilégio de receber a sabedoria, a orientação (tanto mental quanto espiritual), e o amor de Mestres como Márcio M. de Oliveira, Rita Marques, Cláudio N. Caldeira, Márcia R. Bazanelli, Maria Cleire Cordeiro, Carlos R. Diago, Maria de L. Yazaki, Dulceval, Lenira, e muitos outros, assim como das 'tias' Mariana, Sophia, Wanda, Éride, e Yolanda. O que sou hoje é pouco mais que uma mistura do que essas pessoas significam para mim. Um dia eu tomo coragem e tento pôr em palavras esse significado, por enquanto é uma aventura arriscada demais.

Enfim, tendo completado meu segundo grau no desfecho de 1998, ingressei na USP e cursei, em 1999, o primeiro semestre do Bacharelado em Física no IFUSP. Mas como vocês podem ver, o domínio desta página se refere ao servidor do Curso de Ciências Moleculares da Universidade de São Paulo, então acho bom eu pelo menos tentar explicar como fui parar no 'CCM'.

Ainda quando estava no segundo colegial e, como todo adolescente honesto consigo mesmo, não tinha a mínima idéia do que queria fazer (apesar de já apresentar fortes tendências para a área acadêmica), minha tia e fada madrinha e personagem do sítio do pica-pau-amarelo, Cuca, que trabalhava para um cursinho e estava organizando uma pasta de orientação sobre os cursos da USP, conhecendo meus interesses, veio me mostrar esta página que ela tinha preparado sobre o CCM. Imediatamente o curso despertou minha curiosidade; acredito que especialmente por ter tudo a ver com uma palavra: eclético. De fato a última coisa que eu queria era me especializar antes de conhecer a fundo todas as faces da ciência, justamente numa época em que eu começava a me maravilhar com os conceitos de multi e interdisciplinaridade; ou seja, foi amor à primeira vista.

Amém, logo decidi que ia prestar Física e após o primeiro semestre me candidatei para o CCM (se você não conhece o processo de seleção do CCM, que acontece no mês de julho, dê uma olhada na página do curso) e obtive a graça de ser aceito para fazer parte da TURMA 9. Com isso, começava uma nova jornada cheia de perigos ocultos, loucuras mani-cômicas e surpresas, muuuuitas surpresas.

Porém, eu mais um bando de maluco..legas marchamos triunfantes até o fim do Ciclo Básico, e a TURMA 9 chegou ao Ciclo Avançado como a maior turma da história do curso! Acredito que com isso demos uma boa prova de que com vontade, esforço e coragem dos alunos, o CCM, apesar de diferente, é viável com todas as suas qualidades, e é um modelo de curso a ser seguido tanto na USP como em outras universidades.

Quanto a mim, após um vasto drama para encontrar um orientador, durante o qual acabei me envolvendo também com um grupo de Ciências Cognitivas da Escola Politécnica, fui levado pelo destino (vulgo Mestre Fleming) ao encontro do Professor Celso Grebogi, com quem, a partir de então, comecei a desenvolver um projeto envolvendo difusão e controle de caos.

O Ciclo Avançado fica devendo um pouco da 'mágica' do ciclo básico, mas é sem dúvida maravilhoso ter todas as portas da universidade abertas para você. Uma das minhas maiores tristezas é ver as dificuldades pela qual passam meus amigos dos cursos regulares da universidade, enquanto um modelo maravilhoso como o CCM não é aproveitado como tal, e corre o risco de se tornar apenas uma catapulta de bons alunos para o exterior, ou um clube de elite...

Mas eis que chega o último semestre do Ciclo Avançado. Com a maior parte dos créditos já cumpridos nos semestres anteriores, resolvi guardar um tempo para atividades não relacionadas ao curso. O Aikido, que eu já havia praticado brevemente, é sem dúvida uma arte fascinante, e o Yoga, que inicio após um longo período de interesse velado, me fez sentir o equivalente adulto do momento em que uma criança aprende a andar. Um semestre apenas, e em breve nada do que foi será.

Agora o ano é 2003. Formado. Trabalhando. Pós-graduando. Cientista Molecular. Logo envolvi-me com um projeto chamado Cidade do Conhecimento, onde estudamos, debatemos e incubamos redes sociais. Paralelamente, iniciei meu doutorado em física estatística de redes complexas com o Professor Alessandro Moura. Aqui cabe uma confissão, minha atual posição reflete o sonho com que entrei na universidade: trabalhar a fronteira entre as ciências naturais e humanas. Devo reconhecer que ter cursado o CCM foi uma das condições fundamentais para que eu pudesse atingir este sonho. Muitíssimo mais importante porém, a outra condição, foi nunca castrar nem ter castradas as asas da minha imaginação.

Que, nesta década em que comemoramos os cem anos da aviação, o sonho de Ícaro prevaleça!

Cositas...

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Poesias (alguns versos meus... e outras bobagens)

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Amigos são mais que tudo mais, porque são tudo e somos nós.

"Physics is to Mathematics what Sex is to Masturbation" -Rychard Feynman and I, independently.

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