Leitor, tu não podes me ver. Mas, se por insensatez, quiseres me imaginar, Pensa apenas que me vendo, preferirias não ter visto. Sou feio, e rogo que não tenhas dó de mim. Tua face de desgosto com a minha presença já basta para afogar meu ego. Se falamos com franqueza, é porque não te encaro. Frente a frente, eu jamais ousaria quebrar o gelo do teu olhar. Aproveita tua beleza, não porque ela acaba, mas porque ela é boa. Faça tudo que eu jamais poderei fazer. Assim, pelo menos, posso me jubilar na certeza de ter o pior, Pois é insuportável a angústia de ser o pior. |